Ana Lúcia Fischer relembra o início e comenta resultados do projeto coordenado por ela
A coordenadora pedagógica Ana Lucia Fischer é uma prova de como a música pode abrir portas quando a dedicação e a paixão estão em sintonia. Sua trajetória na música começou aos 7 anos de idade, estudando piano. A vocação para ensinar não demorou a aparecer: aos 18 anos, ela se tornou professora do Estado do Paraná. Com formação em piano clássico e teoria musical, por 10 anos deu aulas de piano e teoria. Em 2009, surgiu o Música na Escola, projeto com o Patrocínio Master da John Deere M.A. Máquinas e apoio da Lei de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura, ao qual Ana se dedica desde o início.
Depois de alguns anos trabalhando no Colégio Wilson Joffre, Ana e o marido (que também tem formação musical) tiveram a ideia de proporcionar aos alunos atividades envolvendo a música. “Tivemos grande apoio e parceria da direção do colégio e realizamos o Música na Escola por 2 anos consecutivos, no formato de workshop. Foi uma alegria imensa ver tantos alunos indo cedinho para o colégio, aos fins de semana, para aprender música”, conta Ana, lembrando a animação dos grupos que se reuniam nos intervalos dos cursos, no saguão do colégio, para tocar e cantar. “Dava para sentir a harmonia no ar”, recorda.
Com o sucesso dos workshops, começou uma nova etapa do Música na Escola. “Foi uma experiência tão boa, que os alunos me cobravam quando teria novamente. Surgiu a ideia de um projeto com maior duração e aulas semanais”, conta Ana. As vantagens da música na vida dos alunos apareceram logo. “O Música na Escola visa o aprendizado da teoria musical e prática instrumental, mas também melhora a socialização no ambiente escolar, amplia a perspectiva e possibilidades dos alunos no mundo das artes e da cultura”, diz a pedagoga.
O projeto também é conhecido por revelar talentos. “Já tivemos vários alunos que se tornaram excelentes músicos. Muitos já fizeram ou fazem parte da Orquestra Municipal de Cascavel. Um deles montou sua orquestra de flauta e outros mantêm grupos para estudo da música”, conta Ana. É importante destacar também o papel de inclusão do Música na Escola. “O aluno que tem interesse pode se matricular, independente de dificuldades de aprendizado ou outros problemas no ensino regular. Há casos de imigrantes, que estão se adaptando à língua portuguesa. Ainda assim, é possível se desenvolver na música e progredir em outras áreas”, conclui a pedagoga.